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2.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e248295, 2023.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1431129

RESUMO

Este ensaio propõe que a Covid-19 pode operar como um analisador, dentro da perspectiva da análise institucional, iluminando um determinado modo de organização social que promove profundas desigualdades e ameaça a vida em diversos níveis e revelando as condições sociais, institucionais e políticas de produção de sofrimento no corpo profissional de Enfermagem. A pandemia desvelou um conjunto de marcas relacionadas à profissão, agravadas pela crise sanitária, reforçando a naturalização das relações de cuidado atribuídas ao feminino, bem como um conjunto de clivagens e hierarquias internas à profissão a partir da sinergia de marcadores da diferença, como gênero, cor/raça, classe e geração. Além disso, este trabalho mostra a presença de uma necropolítica nas respostas à pandemia que banaliza a vida e permite morrer determinados grupos sociais. A ideia de "profissionais de linha de frente" é criticada em suas metáforas bélicas, mas tomada como figura de linguagem em sua potência para afirmar que existem corpos que, pelas marcas sociais e históricas e pela interdependência do cuidado, são mais presentes e exigidos e, portanto, mais vulneráveis à doença e ao sofrimento dela decorrente.(AU)


The essay proposes that Covid-19 can operate as an analyzer, within the perspective of institutional analysis, illuminating a certain mode of social organization that promotes profound inequalities and threatens life at various levels, revealing the social, institutional and political conditions for the production of suffering in the professional nursing body. The pandemic would unveil a set of marks related to the profession, aggravated by the sanitary crisis, reinforcing the naturalization of the care relations attributed to the feminine, as well as a set of cleavages and internal hierarchies to the profession from the synergy of markers of difference as gender, color/race, class and generation. The work shows the presence of necropolitics in responses to the pandemic, which trivializes life and allows certain social groups to die. The idea of "front-line professionals" is criticized in its war metaphors, but taken as a figure of speech in its potency to affirm that there are bodies that by social and historical marks, and by the interdependence of care, are more present and demanded, and therefore more vulnerable to disease and the resulting suffering.(AU)


El ensayo propone que el Covid-19 puede funcionar como analizador, desde la perspectiva del análisis institucional, revelando las condiciones sociales, institucionales y políticas de producción de sufrimiento de enfermeras. La pandemia revela algunas marcas relacionadas con la profesión, agravadas por la crisis de salud, reforzando la naturalización de la atribución del cuidado a lo femenino y un conjunto de jerarquías internas de la profesión. El trabajo también muestra la presencia de una necropolítica en las respuestas a la pandemia. La idea de "profesionales de primera línea" es criticada, pero tomada como una figura del lenguaje en su potencia para afirmar que hay cuerpos que, por las marcas sociales e históricas y por la interdependencia del cuidado, están más presentes y demandados, y por lo tanto más vulnerables a la enfermedad.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Enfermagem , Angústia Psicológica , Identidade de Gênero , Autoteste , COVID-19 , Oxigenoterapia , Dor , Equipe de Assistência ao Paciente , Alta do Paciente , Pacientes , Política , Atenção Primária à Saúde , Psicologia , Garantia da Qualidade dos Cuidados de Saúde , Qualidade de Vida , Relações Raciais , Salários e Benefícios , Mudança Social , Isolamento Social , Ciências Sociais , Fatores Socioeconômicos , Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos , Mulheres Trabalhadoras , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Características da População , Teoria de Enfermagem , Riscos Ocupacionais , Esgotamento Profissional , Viroses , Vacinas , Pesquisa em Enfermagem , Acidentes de Trabalho , Portador Sadio , Saúde Mental , Mortalidade , Modelos de Enfermagem , Saúde Ocupacional , Carga de Trabalho , Autonomia Profissional , Assistência de Longa Duração , Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde , Programas de Imunização , Transmissão de Doença Infecciosa , Continuidade da Assistência ao Paciente , Feminismo , Cuidados Críticos , Vulnerabilidade a Desastres , Risco à Saúde Humana , Acesso à Informação , Atenção à Saúde , Poluição do Ar , Economia e Organizações de Saúde , Emergências , Emprego , Meio Ambiente e Saúde Pública , Funções Essenciais da Saúde Pública , Disparidades nos Níveis de Saúde , Ética Profissional , Vigilância em Saúde do Trabalhador , Programa de Prevenção de Riscos no Ambiente de Trabalho , Efeitos da Contaminação do Ar , Enfermagem Baseada em Evidências , Medo , Remuneração , Intervenção Médica Precoce , Medicalização , Assistência Ambulatorial , Equipamento de Proteção Individual , Sistemas de Apoio Psicossocial , Estresse Ocupacional , Esgotamento Psicológico , Assistência ao Paciente , Fardo do Cuidador , Modelos Biopsicossociais , Teste Sorológico para COVID-19 , Equidade de Gênero , Desenvolvimento de Vacinas , Recursos Comunitários , Enquadramento Interseccional , Racismo Sistêmico , Vulnerabilidade Social , Crise Humanitária , Condições de Trabalho , Síndrome Pós-COVID-19 Aguda , Prevenção de Acidentes , Ocupações em Saúde , Serviços de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Comportamento de Ajuda , Hierarquia Social , Hospitalização , Hospitais , Humanismo , Cuidados para Prolongar a Vida , Máscaras , Tono Muscular , Assistência Noturna , Cuidados de Enfermagem , Enfermagem Prática , Equipe de Enfermagem , Doenças Profissionais
3.
Saúde debate ; 46(spe5): 284-296, out.-dez. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424564

RESUMO

RESUMO O artigo traz uma análise socioantropológica de uma prática de assistência de caráter interprofissional, da psicologia com a nutrição, voltada ao atendimento de crianças e adolescentes obesos e seus familiares, quase sempre mães, acompanhados em um ambulatório público da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A educação em saúde e a integralidade do cuidado são conceitos 'postos em prática', articulando-os ao brincar como instrumento terapêutico e à arte como campo de vivências e expressão de singularidades. O corpo e a corporeidade são abordados nas suas dimensões biopolíticas, mas também sensíveis e simbólicas, na busca por compreender a obesidade infantil e suas nuances. Nas análises, a saúde deixa de ser medida a partir de seu caráter normativo, tomando-se o processo saúde-doença em sua complexidade.


ABSTRACT The article presents a socioanthropological analysis of an interprofessional care practice, of psychology and nutrition, aimed at obese children and adolescents and their families, almost always mothers, assisted in a public outpatient clinic of the Rio de Janeiro State University (UERJ). Health education and integrality of care are concepts 'put into practice', articulating play as a therapeutic tool and art as a field for experiences and expression of singularities. The body and corporeality are approached in their biopolitical dimensions, but also in their sensitive and symbolic ones, in the search to understand childhood obesity and its nuances. In the analyses, health is no longer measured from its normative character, taking the healthdisease process in its complexity.

5.
Saúde debate ; 46(spe7): 251-263, 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424597

RESUMO

RESUMO O presente ensaio trabalha nas dobras do tempo, acionando as noções de experiência, memória e perturbação, a partir da perspectiva socioantropológica, para discorrer acerca da cronicidade do viver com HIV/Aids na infância, adolescência e juventude. Seguindo as definições de ensaio, propôs-se um artesanato conceitual que ofereça outro arranjo de olhar sobre estigma, precariedade, vulnerabilidade e cronicidade. Apostou-se em um olhar que enfrente as barreiras do viver produzidas pelo estigma, discutindo em que medida a cronicidade pode acentuar a precariedade que constitui os humanos, mas que, para muitos, em virtude de sua localização social, pode significar maior precarização e vulnerabilização; considerando que, quando se é criança, adolescente e jovem, essa precarização pode levar a uma impossibilidade na circulação dos afetos, nas trocas cotidianas fundamentais dentro dos grupos, e a uma sensação constante de inadequação.


ABSTRACT This essay works on the intertwining of time using the notions of experience, memory and disturbance from a socio-anthropological perspective to discuss the chronicity of living with HIV/Aids in childhood, adolescence and youth. Following the essay definitions, we propose a conceptual craftwork that offers another way of looking at stigma, precariousness, vulnerability, and chronicity. We invested in a perspective that faces the barriers of living produced by stigma, discussing to what extent chronicity can accentuate the precariousness that constitutes humans, although for many, due to their social location, it can mean greater precariousness and vulnerability; considering that, when one is a child, adolescent, and youth, this precariousness can lead to an impossibility in the flow of affections, in the fundamental daily exchanges within groups, and to a constant feeling of inadequacy.

8.
Psicol. soc. (Online) ; 32: e020016, 2020.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1135926

RESUMO

Resumo Este artigo tem como proposição discorrer acerca do acolhimento psicológico enquanto uma prática política de afirmação da vida e da saúde no panorama nacional, onde as políticas públicas para tratar a pandemia de Covid-19 tomam rumos distanciados de uma noção mais ampla de cuidado. Inspiradas na vivência de atuar em um dispositivo de acolhimento de uma universidade pública nesse momento de pandemia, nosso objetivo neste texto consiste em discutir os desafios para ultrapassar um modelo clássico de "acolhimento" em psicologia. Fundamentadas na cartografia, percorremos 05 pistas: "a-pandemia-em-nós", "o acolhimento e seus rastros", "contato, contágio e a potência dos encontros", "o cuidado como revolução numa experiência viva de afirmação da vida" e "amparo e afeto numa prática engajada". Tais pistas problematizam a prática do acolhimento psicológico partindo da reconfiguração das fronteiras relacionais em situações extremas, no caso, a pandemia, bem como das afetações que esse intervir produz nesse campo de atuação.


Resumen Este artículo propone hablar de la recepción psicológica como práctica política de afirmación de la vida y la salud en el panorama nacional, donde las políticas públicas para hacer frente a la pandemia Covid-19 se alejan de una noción más amplia de cuidado. Inspirándonos en la experiencia de trabajar en un centro de acogida psicológica de una universidad pública en este momento pandémico, nuestro objetivo en este texto es discutir los desafíos para superar un modelo clásico de "recepción " en psicología. A partir de la cartografía, cubrimos 5 pistas: "la-pandemia-em-nosotros", "la acogida y sus huellas", "contacto, contagio y el poder de los encuentros ", "el cuidado como revolución en una experiencia viva de afirmación de vida" y "apoyo y afecto en una práctica comprometida". Tales pistas problematizan la práctica de la recepción psicológica a partir de la reconfiguración de los límites relacionales en situaciones extremas, en este caso la pandemia, así como de los afectos que esta intervención produce en este campo de acción.


Abstract This article proposes to discuss psychological care as a political practice of affirming life and health in the national scenery, in which public policies to address the Covid-19 pandemic have taken a step away from a broader notion of care. Inspired by the experience of working in a public university psychological care facility during this pandemic, our aim with this text is to discuss the challenges to overcome a classic model of "caring" in psychology. Based on cartography, we follow 5 clues: "the-pandemic-in-us", "the psychological care and its tracks", "contact, contagion and the power of encounters", "caring as a revolution in a living experience of affirmation of life" and "support and affection in a committed practice". Such clues problematize the practice of psychological care starting from the reconfiguration of relational boundaries in extreme situations, in this case, the pandemic, as well as from the affections that this intervention produces in psychology.


Assuntos
Psicologia/organização & administração , Política Pública , Valor da Vida , Acolhimento , Pandemias , COVID-19/psicologia , Universidades , Transmissão de Doença Infecciosa , Equipamentos e Provisões , Mapeamento Geográfico , Política de Saúde
9.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (29): 294-312, mayo-ago. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-979346

RESUMO

Resumo: Construída como modelar durante as últimas décadas, a "política de AIDS" tem sido, entretanto, posta à prova tendo por base diferentes processos: o aumento de novas infecções entre "jovens" e "populações-chave"; a priorização por parte do governo de abordagens biomédicas; e o arrefecimento do ativismo. Partindo desse panorama, este trabalho discute parte dos resultados de uma pesquisa antropológica que analisou sete Encontros Nacionais de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS. Observa-se a passagem da construção de uma "juventude" específica, os jovens vivendo com HIV/AIDS, para a configuração de outra "juventude" bastante genérica, que não distingue potenciais infectados daqueles já atingidos pelo vírus. A retomada da centralidade da noção de "risco" na compreensão da epidemia é percebida por alguns interlocutores do campo como uma possível retomada da velha e ultrapassada noção de "grupo de risco".


Abstract: Having been constructed as a model over recent decades, the "AIDS policy" has, however, been tested by different processes: the increase of new infections among "young people" and "key populations"; the government's prioritization of biomedical approaches; and the cooling of the activism. Based on this perspective, this work discusses part of the results of an anthropological study that analyzed seven National Meetings of Adolescents and Young People Living with HIV/AIDS. It can be seen that the construction of a specific "youth", young people living with HIV/AIDS, has moved to the construction of a rather generic "youth" which does not distinguish potentially infected individuals from those already affected by the virus. A return to the centrality of the "risk" notion in understanding the epidemic is seen by some interlocutors in the field as a possible return to the outdated notion of "risk group".


Resumen: Construida como modelo durante las últimas décadas, la "política de SIDA" ha sido, no obstante, puesta a prueba a partir de diferentes procesos: el aumento de nuevas infecciones en "jóvenes" y "poblaciones clave"; la priorización por parte del gobierno de enfoques biomédicos; y el enfriamiento del activismo. A partir de dicho panorama, este trabajo discute parte de los resultados de una investigación antropológica que analizó siete Encuentros Nacionales de Adolescentes y Jóvenes Viviendo con VIH/SIDA. Se observa el paso de la construcción de una "juventud" específica, los jóvenes viviendo con VIH/SIDA, a la configuración de otra "juventud" bastante genérica, que no distingue entre potenciales infectados y aquellos a los que el virus ya alcanzó. Algunos interlocutores del campo perciben la retomada de la centralidad de la noción de "riesgo" en la comprensión de la epidemia como una posible retomada de la vieja y superada noción de "grupo de riesgo".


Assuntos
Humanos , Criança , Adolescente , Brasil , Adolescente , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , HIV , Sexo sem Proteção , Congresso , Sexualidade
11.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (10): 70-99, abr. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-625405

RESUMO

No artigo explora-se um conjunto de táticas e estratégias, no sentido foucaultiano dos termos, dirigidas à (con)formação de sujeitos, no quadro mais amplo da produção do jovem vivendo [com HIV/AIDS] como um "novo personagem" da AIDS. É como um "perigo", no sentido de poder disseminar o vírus através de uma sexualidade vista como "exacerbada" e "descontrolada" pela idade, que os jovens são alvo de um investimento pesado de modelagem e modelação moral. Em razão disto, supõe-se que eles precisem construir uma excelência no "controle de si". O texto debruça-se sobre uma oficina de sexualidade/cidadania para desfiar analiticamente, a partir das atividades com recursos pedagógicos, seguidas de debates, a tensão constituinte ao se trabalhar o tema sexo com jovens e soropositivos, quando a temática do prazer é tida como peça principal, porém premida pela obrigação de responsabilidade e, portanto, esquadrinhada pelos discursos da prevenção.


Este artículo explora un conjunto de tácticas y estrategias, en el sentido foucaultiano de estos términos, dirigidas a la (con)formación de sujetos, en el marco de la producción del joven que vive [con VIH/Sida] como un "nuevo personaje" del Sida. Considerados un "peligro", en la medida en que podrían diseminar el virus a través de una sexualidad vista como "exacerbada" y "descontrolada" por su edad, los jóvenes son objeto de un fuerte empeño de modelaje y modelado moral; y se supone que precisan alcanzar un máximo "control de sí". Este texto aborda un taller de sexualidad/ciudadanía, y desmenuza analíticamente -a partir de describir actividades pedagógicas y sus debates- las tensiones presentes cuando se trabaja el tema sexo con jóvenes seropositivos; y cuando la temática del placer es considerada crucial, aunque opacada por el mandato de la responsabilidad y, por tanto, encasillada por los discursos de la prevención.


This paper studies a set of tactics and strategies, as these terms are used by Foucault, aimed at shaping/developing subjects within the broader framework of the production of young people living [with HIV/AIDS] as a 'new character' of the disease. Youths are construed as a 'danger,' as their sexuality is seen as 'exacerbated,' 'out of control' because of their age, and may cause the dissemination of the virus. Therefore, they are the subject of heavy investments to shape their morality. It is assumed that they need to develop a degree of excellence in 'self-control'. A sexuality/citizenship workshop, consisting of educational activities followed by debate, is analyzed to understand the constitutive tension present when sex is discussed with HIV-positive youths, particularly when pleasure is seen as the key element, although restricted by obligation and responsibility, as framed by prevention discourse.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Comportamento Sexual , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Soropositividade para HIV , Sexualidade
12.
Physis (Rio J.) ; 20(3): 931-951, 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-566272

RESUMO

O artigo aborda os significados do tratamento para o HIV/Aids. O referencial metodológico é a pesquisa qualitativa, e o campo de estudo, o serviço de um hospital de referência da Baixada Fluminense. O grupo estudado era composto por dez mulheres vivendo com HIV/ Aids, em terapia antirretroviral (ARV). Os significados do tratamento estão relacionados: 1) ao impacto do diagnóstico; 2) ao momento do tratamento considerando as diferentes fases de convívio com a doença; 3) ao espaço (público e privado) onde se vivem preferencialmente a doença e o tratamento; 4) ao fato de se compartilhar ou não a doença e o tratamento com o parceiro; 5) à busca de outras racionalidades (religião e remédios alternativos) como contraponto às prescrições médicas; 6) ao estabelecimento ou não de um vínculo afetivo com o médico. Há uma inter-relação estreita entre cuidar-se e cuidar dos filhos, tributária do tratamento ARV. O autocuidado é, antes de tudo, afirmação da vida, o que dá a medida da saúde. Não "ceder ao lugar de doente" significa não se entregar à depressão. A doença materializa-se no corpo com o uso da medicação, mas é possível, apesar das dificuldades, conciliar a rotina com o tratamento ARV. Destaca-se a importância fundamental da variável tempo para a criação de estratégias que possibilitem a inserção da doença e do tratamento no cotidiano.


This paper discusses the psychosocial meanings of HIV/Aids treatment, using qualitative methods to assess daily operations of a reference hospital, located in Baixada Fluminense, Rio de Janeiro's outskirts. In-depth interviews were carried out with 10 women living with HIV/Aids, under antiretroviral (ARV) therapy. The meaning of treatment is related to: the impact of the diagnosis; the treatment moment, concerning different phases of living with the disease; the public and private spaces where a woman preferable lives with the disease and does her treatment; sharing or not information about the disease/treatment with partner; the search for other rationalities (religion and alternative medicine) as a counterpoint to medical prescriptions; the establishment or not of emotional inlays with the doctor. There is an interrelation of taking care of the kid(s) and taking care of themselves (referring to ARV therapy). Self-care is seen as an affirmation of life. That is what gives the person the measure of health. "Not to let the sick person take place" means keeping away from depression. The disease materializes itself in the body that uses the medication, but it is possible, even it is hard, to conciliate life routine with therapy. We highlight the fundamental importance of time for the creation of strategies that facilitate the insertion of the disease and treatment in daily life.


Assuntos
Feminino , HIV , Fatores Socioeconômicos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Saúde da Mulher , Brasil , Diagnóstico , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Direitos do Paciente
13.
Rio de Janeiro; s.n; 2004. 133 p.
Tese em Português | Coleciona SUS | ID: biblio-932632

RESUMO

Este trabalho apresenta significados dod tratamento para HIV/AIDS, utilizando como referencial a pesquisa qualitativa e o campo de estudo no serviço de um hospital de referência da baixada Fluminense


Assuntos
Feminino , Humanos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , Antirretrovirais , Diagnóstico , Infecções Sexualmente Transmissíveis , Mulheres
14.
Rio de Janeiro; s.n; 2004. [180] p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-387834

RESUMO

A dissertação aborda os significados do tratamento para o HIV/AIDS. O referencial metodológico é a pesquisa qualitativa e o campo de estudo o serviço de um hospital de referência da Baixada Fluminense. O grupo estudado foi de 10 mulheres vivendo com HIV/AIDS, em terapia antiretroviral (ARV). Os significados do tratamento se mostraram relacionados: ao diagnóstico HIV+ no pré-natal ou quando do nascimento do filho, diante da possibilidade ou não de protegê-lo da doença; ao momento do tratamento; ao espaço (público e privado) onde se vive preferencialmente a doença e o tratamento; ao fato de compartilhar ou não a doença e o tratamento com o parceiro e família; a busca de outras racionalidades, como a religião e os remédios alternativos; ao vínculo afetivo com o médico; a possibilidade de preservar as referências de vida anteriores ao diagnóstico. O(s) filho(s) é(são) são referido(s) pelas entrevistadas como o sentido da vida, havendo uma inter-relação estreita entre cuidar-se e cuidar dos filhos, tributário do tratamento ARV. O auto-cuidado é, antes de tudo, afirmação da vida. Não ôceder ao lugar de doenteö é não se entregar à depressão, ruptura do cotidiano. A doença se materializa no corpo com o uso da medicação, mas é possível, apesar das dificuldades, conciliar a rotina com o tratamento ARV, o que é percebido como ôter saúdeö, também pela ausência de ôsintomas da doençaö. O impacto da doença relaciona-se à não percepção anterior de vulnerabilidade ao HIV. No âmbito da saúde reprodutiva, ser soropositiva subtrairia o direito de ter (mais) filhos. As questões da conjugalidade se sobrepõem àquelas concernentes ao HIV e a vivência da doença opera uma inversão nos termos que qualificam o masculino e o feminino, tornando os homens ôfragilizadosö e as mulheres (mais) ôfortesö. Por outro lado, a inserção econômica passa pela doença e sobressai a saída ôtutelarö, que preserva o lugar da mulher na casa e do homem como provedor, e evita a ômorte civilö. Assumir o papel de ôagente de saúdeö da família permite se diferenciar das demais pessoas de seu meio social. Adotar uma prática preventiva não se resume à falta/pouca informação ou à incompreensão de termos técnicos, mas diz respeito àquilo que é eleito enquanto ôriscoö e a relevância dos diferentes riscos no cotidiano.


Assuntos
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , HIV , Sexualidade , Mulheres
15.
Divulg. saúde debate ; (29): 73-92, dez. 2003.
Artigo em Português | LILACS, BVSAM | ID: lil-402853

RESUMO

Discute-se a vivência com o HIV/Aids na infância e juventude a partir de uma pesquisa que teve como um de seus eixos de interrogação os dilemas e significados da convivência com essa clientela pela perspectiva dos profissionais de saúde. Percebeu-se que o estigma e as marcas simbólicas do HIV/Aids ao se reunirem às representações culturalmente compartilhadas do que seja criança e jovem, infância e juventude, tornam mais complexo o campo de intervenção e geram dilemas na abordagem e intervenção junto a esse segmento da população que vive com HIV/Aids


Assuntos
Saúde da Criança , Serviços de Saúde da Criança , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
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